A volta das andorinhas, o fenômeno que acontece todos os anos, no ano passado não chamou muita atenção, pois o longo período de chuvas que se estenderam por quase todos os meses de 2009, atrapalhou a estadia das andorinhas na cidade.
A dança das andorinhas, um espetáculo proporcionado pela natureza e que se repete todos os primeiros meses do verão, que aqui no Ceará ocorre a partir dos meses de Junho para Julho durante o termino do período chuvoso. Essas aves percorrem distancias incríveis, e para completarem o seu ciclo de vida, milhares delas têm como passagem o município de Alcântaras. Capazes de se deslocarem cerca de 10 mil km, elas provavelmente vem da América do Norte, ou até mesmo das Austrália via Argentina e sul do país, dependendo da combinação dos climas de lá, com o clima daqui.
Na serra da Meruoca, em especial na cidade de Alcântaras, são fartamente vistas nas fiações dos postes de iluminação elétrica, fazendo suas manobras e acrobacias em grupos. Em 2009, devido às chuvas que ocorreram em praticamente todos os meses do ano, mão conseguiram permanecer por muito tempo. Agora, se não houver muitas surpresas no clima, elas deverão enfeitar os céus da cidade por um bom período, e depois de se enfartarem de comida, entre eles insetos e abelhas, no final do ano entre os meses de Outubro a Novembro, deverão rumarem ao sul para o inverno, que lá não significa chuva.
Além da cidade, outro local que podem ser encontradas, é no penhasco talhado da Ventura, depois de realizarem o espetáculo pela cidade de Alcântaras, se reúnem nos paredões de pedra do talhado, onde se aconchegam também em grupos para dormirem e se reproduzirem.
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Os ovos, brancos, são chocados pelo casal, que dorme junto no ninho, fato incomum entre as aves. A incubação dura 15 dias em média. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que começam a abandonar o ninho com cerca de um mês de vida. Após a reprodução, todas as espécies, mas não todos os indivíduos, empreendem extensas migrações, dirigindo-se para o norte à procura de alimentação mais farta. A maior espécie do Brasil, entre as 14 de ocorrência já registrada, é a andorinha-grande (Progne chalybea), de cauda bifurcada, que mede 19,5cm e pesa 43g. Azul por cima, tem o peito castanho-cinzento, ladeado também de azul. Uma das menores, e das mais comuns nas cidades, é a andorinha-pequena-de-casa (Notiochelidon cuanoleuca), que mede 12cm de comprimento e pesa apenas 12g.
Na foto (arquivo) rua Monsenhor Furtado, Alcântaras
Escrito por Edilson Angelo
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