O argumento utilizado pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que beneficiaria a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ao retirar votos do tucano José Serra não se mostra factível na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira.
O levantamento fez uma simulação de listas que permite constatar que é nula a influência da presença da candidatura Ciro nos resultados de Dilma e Serra.
Com Ciro dentro ou fora da lista, a diferença de votos entre Dilma e o governador de São Paulo permanece a mesma: cinco pontos porcentuais em favor do tucano.
Sem Ciro na disputa, Serra obtém 38% das intenções de voto, Dilma, 33%, Marina Silva (PT), 8%, brancos e nulos, 12%, e 8% não souberam ou quiseram responder. Com Ciro na lista, Serra conquista 35%, Dilma, 30%, Ciro, 11%, Marina, 6%, brancos e nulos, 10%, e 8% não souberam ou quiseram responder.
"A diferença entre Serra e Dilma fica em cinco pontos porcentuais com ou sem Ciro na lista. Ele é um elemento neutro no processo eleitoral", afirmou o diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi.
Na pesquisa, Ciro Gomes, que foi candidato à Presidência da República em 1998 e em 2002, registra praticamente o mesmo grau de conhecimento pela população de Dilma, que nunca concorreu ao cargo - 44% dos consultados responderam que conhecem Dilma bem ou mais ou menos, enquanto Ciro obteve 45%.
Leia mais sobre a pesquisa divulgada hoje aqui CNI/Ibope: Dilma sobe e fica a 5 pontos de Serra
Agência Estado/Diário do Nordeste
A grande imprensa vem dizendo que Ciro é peso morto nesta eleição.Na verdade, Ciro é o tempero que falta para o insonso processo eleitoral que teremos caso a polarização entre Dilma e Serra- ambos sem sal- prevaleça.
ResponderExcluirPrecisamos de uma eleição que empolgue a população para que o povo tome gosto pela democracia.
Lamentavelmente a grande mídia e o presidente Lula vêm provocando esta polarização entre o candidato do governo passado o candidato do governo atual. E debate sobre o futuro?Que nação precisamos construir, visto que somos um país jovem, mas com uma perspectiva de futuro tão promissor?
Estamos perdendo a oportunidade do debate. A eleição em dois turnos foi idealizada para que pluralidade brasileira possa se manifestar-através de propostas antagônicas-no período eleitoral, especialmente, no primeiro turno. No entanto, os caciques políticos,a grande mídia e o grande capital, continuam valorizando mais os acordos de bastidores do que o debate com a população.