Os enormes buracos há meses já vem chamando atenção. Enquanto o projeto das cisternas de placas não saem do papel, a população tem que conviverem com a situação, e com a dificuldade para armazenarem água.
No município de Alcântaras, um projeto de construções de cisternas de placas que tinha como objetivo amenizar o sofrimento da população difusa do semi-árido serrano no que diz respeito a falta d’água, acabou se transformando em drama e pondo em risco algumas famílias.
Cerca de 150 buracos foram cavados nos terreiros de inúmeras residências rurais distribuídas nas comunidades de sitio São Bento, Belém, Flores, São Bernardo e Desterro, estas últimas localizadas na região epicentral dos tremores de terra em Alcântaras. Esses buracos que neles deveriam ser construídas as cisternas de placas, agora com a chegada do período chuvoso, transformaram-se em enormes poços de lama, e que entre vários problemas como possíveis acidentes com crianças ou idosos, principalmente também ameaçam as estruturas das casas que já são bastantes frágeis devido à própria construção de adobe (tijolo crú) além dos efeitos dos frequentes abalos sísmicos que são comuns na região.
Para alguns possíveis beneficiários das cisternas, o projeto pode ter sido vitima de um interesse ou conotação política má sucedida, pois coincidência ou não, após a derrota da candidata Betânia Andrade a Deputada Estadual pelo PT, que antes estava na coordenação do Centro de Estudos e Apoio ao Trabalhador e à Trabalhadora – CEAT e que foi apoiada pelo movimento sindical rural, o projeto não andou e simplesmente ficou tudo parado e restando somente como herança as crateras no chão. A candidata Betânia tirou uma boa votação no Ceará, mas dos 9.305 votos no Estado, destes apenas 34 em Alcântaras.
Enquanto o benefício das cisternas não chaga, os beneficiários falam em entupir o buraco, mas logo são advertidos com a estranha orientação que se entupirem o buraco “nunca mais receberão qualquer benefício do governo”
"As pessoas que antes das eleições 2010 tinham o interesse em realizar o projeto, agora também deveriam se empenhar mais pela causa. Porque antes tudo caminhava para dar certo e agora não? E interresante saber, que antes faziam questão de dizer que o projeto nada tinha a ver com a prefeitura e realmente não tem."
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