Viajar de Alcântaras a Sobral ou fazer o trajeto inverso tem sido uma tarefa difícil nos últimos dias. Sem os transportes alternativos e sem linha de ônibus regularizada, fazer o trajeto entre Alcântaras e a principal cidade da zona norte passou a ser um caos público.
Desde que o governo estadual começou com a política moralizar o transporte intermunicipal de passageiros que vários trabalhadores autônomos começaram a se preocupar com as exigências que viriam a aparecer. Em Alcântaras, a Associação dos Motoristas local até se preocupou em mudar a frota de veículos. De D-20 a F-1000, e a maioria dos motoristas já trocaram os antigos veículos por microônibus.
A situação piorou de vez, se trabalhando já estava muito complicado pagar as prestações das trocas dos veículos, agora ficou impossível. Para que possam transitar, a associação terá que ser regularizada, com ônibus novos a participar da concorrência pública (licitação). Enquanto isso não acontece, nenhum veículo de passageiro poderá transitar, e os que se arriscam como aconteceu com alguns, “a multa é muito pesada” “esclarece um motorista”
Enquanto isso os usuários dos transportes que costumam irem a Sobral para os compromissos em Bancos, clínicas e hospitais particulares, instituições públicas e de serviços, estudantes e principalmente aos estabelecimentos comerciais, está cada vez mais precário.
Para os microônibus, as atuais exigências são as licenças do DETRAN-CE, a maioria ainda não possui. Os poucos e tradicionais carros com capotas D-20 e F-100 ainda circulam, mas ninguém sabe até quando. E enquanto a situação não se resolve os passageiros simplesmente passaram a ter sérias dificuldades em utilizar o serviço já antes precário.
Em matéria, o site do Governo do Estado do Ceará do dia 07 de Dezembro de 2010 diz o seguinte:
As 27 cooperativas vencedoras do processo estão aptas a operar o sistema de transportes de vans, com capacidade para transportar 1milhão e 200 mil passageiros por mês, de 139 municípios cearenses. Segundo o Superintendente do Detran, João Pupo, as 740 vans vão operar 164 linhas, gerando aproximadamente 2.200 empregos diretos. Ele explicou que a licitação dos transportes de passageiros intermunicipais, operados pelas vans, significa o ordenamento do setor e o fim dos transportes clandestinos ou piratas, que colocava em risco a vida das pessoas. A partir de agora, o sistema está regularizado e os passageiros podem contar com veículos novos e seguros.
A Coopitrace, é uma das vencedores da licitação e deveria operar as linhas intermunicipais de Alcântaras, Barroquinha, Camocim, Chaval, Coreaú, Granja, Meruóca, Moraújo e Sobral; mas até agora o que se sabe sobre transportes de passageiros são protestos e reclamações em vários municípios. Ainda não há uma definição de como ficará a situação dos motoristas autônomos.
Enquanto isso, sem poder viajar a população espera pela melhoria no sistema de transportes. Na foto, o ponto dos carros em Alcântaras passa a maior parte do tempo praticamente indisponível para passageiros.
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