O armazenamento de água no Estado é recorde para o mês de janeiro. O Ceará conta 79% de seu volume total de reserva hídrica. A situação deixa o Estado tranquilo quanto ao abastecimento
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Leia mais: Daniela Nogueira (Jornal O Povo 12/01/20)
Nunca o Ceará registrou tanta água acumulada no mês de janeiro. E já são 16 anos desde que começou a ser feito o monitoramento dos açudes do Estado, realizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Atualmente, são 79% de água armazenada. Em anos anteriores, o índice chegou a, no máximo, 69%, como em janeiro de 2009. A situação deixa o Ceará em uma situação confortável quanto ao abastecimento, mas é preocupante a um mês da quadra chuvosa.
O presidente da Cogerh, Francisco José Coelho Teixeira, atesta que a quantidade de água neste período do ano não é normal. ``Nunca tivemos os açudes nesta condição nesta época do ano, de fim de estação seca e início de estação chuvosa``, cita. De acordo com ele, na década de 1990, os reservatórios atingiram cerca de 20 a 40% da capacidade. Em janeiro de 2008, o índice chegou a 45%.
Grande parte dos açudes monitorados pela Cogerh também está armazenando muita água. O Aracoiaba, na cidade homônima, está com mais de 94% do seu volume total. O Gavião, em Pacatuba, passa dos 93% de armazenamento. E são vários os que estão com mais de 80% da capacidade. O Castanhão, maior açude do Estado, está com 78,4% de seu volume total. A Cogerh e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estudam a abertura das comportas do Castanhão para o início de fevereiro próximo.
Causa temor à Cogerh o fato de os açudes estarem cheios e ainda receberem mais água com a próxima quadra. ``Isso nos dá tranquilidade caso haja secas pela frente, mas nos dá preocupação caso venha outra tromba d-água``, mencionou o presidente da Companhia. Por isso, a parceria com a Defesa Civil e as gerências da Cogerh no Interior tem-se estreitado para evitar os efeitos de possíveis cheias.
No entanto, os açudes estaduais e federais não são a maior dor de cabeça para o monitoramento no Estado. São os reservatórios particulares e municipais. Muitos foram feitos há muito tempo e construídos sem muitos critérios, lembra Francisco José. Acabam aumentando a sangria dos outros açudes.
Um grupo com membros de entidades que cuidam dos recursos hídricos está sendo criado no Ceará para implantar um plano de contingência para o controle de possíveis cheias. O presidente da Cogerh cita que o Conselho Estadual de Recursos Hídricos já aprovou a criação do grupo, faltando apenas a publicação no Diário Oficial.
AÇUDES DO CEARÁ
Capacidade total do Estado: 17.837.586.352
> Volume armazenado atualmente: 14.086.797.702
> Volume: 79%
Açudes com maior volume de água acomulada
> Tijuquinha (Baturité): 100% (sangrando)
> Aracoiaba (Aracoiaba): 94,1%
> Pesqueiro (Capistrano): 91,9%
FONTE: Cogerh
O presidente da Cogerh, Francisco José Coelho Teixeira, atesta que a quantidade de água neste período do ano não é normal. ``Nunca tivemos os açudes nesta condição nesta época do ano, de fim de estação seca e início de estação chuvosa``, cita. De acordo com ele, na década de 1990, os reservatórios atingiram cerca de 20 a 40% da capacidade. Em janeiro de 2008, o índice chegou a 45%.
Grande parte dos açudes monitorados pela Cogerh também está armazenando muita água. O Aracoiaba, na cidade homônima, está com mais de 94% do seu volume total. O Gavião, em Pacatuba, passa dos 93% de armazenamento. E são vários os que estão com mais de 80% da capacidade. O Castanhão, maior açude do Estado, está com 78,4% de seu volume total. A Cogerh e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estudam a abertura das comportas do Castanhão para o início de fevereiro próximo.
Causa temor à Cogerh o fato de os açudes estarem cheios e ainda receberem mais água com a próxima quadra. ``Isso nos dá tranquilidade caso haja secas pela frente, mas nos dá preocupação caso venha outra tromba d-água``, mencionou o presidente da Companhia. Por isso, a parceria com a Defesa Civil e as gerências da Cogerh no Interior tem-se estreitado para evitar os efeitos de possíveis cheias.
No entanto, os açudes estaduais e federais não são a maior dor de cabeça para o monitoramento no Estado. São os reservatórios particulares e municipais. Muitos foram feitos há muito tempo e construídos sem muitos critérios, lembra Francisco José. Acabam aumentando a sangria dos outros açudes.
Um grupo com membros de entidades que cuidam dos recursos hídricos está sendo criado no Ceará para implantar um plano de contingência para o controle de possíveis cheias. O presidente da Cogerh cita que o Conselho Estadual de Recursos Hídricos já aprovou a criação do grupo, faltando apenas a publicação no Diário Oficial.
AÇUDES DO CEARÁ
Capacidade total do Estado: 17.837.586.352
> Volume armazenado atualmente: 14.086.797.702
> Volume: 79%
Açudes com maior volume de água acomulada
> Tijuquinha (Baturité): 100% (sangrando)
> Aracoiaba (Aracoiaba): 94,1%
> Pesqueiro (Capistrano): 91,9%
FONTE: Cogerh
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