Quem denuncia é o vice-prefeito do Município, Geraldinho Azevedo (PDT). Segundo o gestor, um acordo para as nomeações teria sido firmado entre o prefeito João Barroso (PSDB) e alguns vereadores, em que os parlamentares indicariam os funcionários que deveriam assumir as vagas, em troca de apoio político ao chefe do Executivo. O prefeito nega.
“Ele nomeia e contrata trocando cargos por apoio político dos vereadores, e não chama os concursados”, acusa Azevedo, que apresentou uma série de documentos, segundo ele, escrito pelo próprio prefeito, em que os nomes dos professores substitutos figuram ao lado do nome dos vereadores que os indicaram.
O vice alega ter sido exonerado do cargo de secretário da Educação, que ocupou até julho, por não concordar com a prática “irregular”.
“É um perturbado”
O prefeito João Barroso nega as acusações, alegando “acusação política”, com vistas às eleições de 2012. “Desde que ele saiu da secretaria, está meio perturbado, desesperado. Ele esteve comigo, praticamente, desde 2004. Após esses sete anos, ele tá de um jeito que até para montar documento, ele faz. Eu só assino documento oficial”, disse.
Segundo o prefeito, todos os professores que assumiram são concursados, tendo a categoria recebido uma aumento de mais de 50% nas gratificações, desde setembro.
“Eu não confirmo isso. Nós só estamos nomeando esses professores porque fizeram concurso. Esse é o critério mais justo. Eu nego as acusações que ele está fazendo, se utilizando das rádios no município”, rebateu o prefeito.
Thiago Paiva
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