A Nova República comemora hoje, quinta-feira (15/01), 30 anos de existência. O fim do ciclo dos governos militares ocorreu no dia 15 de janeiro de 1985. Sorridente, Tancredo Neves ajeita a gravata enquanto o assessor Mauro Salles aguarda com o telefone na mão. Do outro lado da linha, o presidente João Figueiredo. Políticos, seguranças e jornalistas se acotovelam para ouvir o telefonema que marca o fim do regime militar. Tancredo havia acabado de ser eleito indiretamente presidente da República.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirma que o momento foi “reencontro do Brasil com a democracia”. Para o senador, que na época tinha 25 anos e era secretário particular de Tancredo, seu avô, foi o episódio culminante da “mais bem-sucedida construção política da história contemporânea”
No dia 24 de abril de 1984, após a derrota no Congresso da emenda do deputado Dante de Oliveira (PMDB-GO) que propunha eleições diretas, a candidatura de Tancredo começou a ser construída. O político experiente e conhecido pela capacidade de conciliação, o então governador de Minas iria enfrentar no Colégio Eleitoral o ex-governador de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf, do PDS, o partido que dava sustentação política ao regime.
Mesmo sem o apoio de parte da oposição, Tancredo conseguiu ampla aliança. O surgimento de uma dissidência no PDS capitaneada pelos ex-governadores José Sarney, do Maranhão, e Aureliano Chaves, de Minas foi decisivo. Em troca do apoio, Sarney ficou com o cargo de vice.
O mineiro, no entanto, não assumiria a Presidência. Foi Internado na véspera da posse para uma cirurgia, da qual não se recuperou. Faleceu no dia 21 de abril.
Do Site Ceará Agora
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