quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ALERTA: Cajucultura, principal cultura agrícola em Alcântaras, poderá sumir em cinco anos


Dos 350 mil hectares de cajueiros existentes, 30% estão improdutivos. Cajucultura no CE pode sumir em cinco anos

O Ceará é hoje o maior produtor de castanha de caju do País, mas a cajucultura pode desaparecer em um prazo médio de cinco anos, caso não haja uma mudança radical nos tratos com a produção, destacando a valorização do pedúnculo e um maior interesse pela atividade por parte dos governos federal, estadual e municipal. 

A constatação é do engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará (Sincaju), Paulo de Tarso. De acordo com o agrônomo, existem hoje cerca de 350 mil hectares de caju, desse total, cerca de 30% estão totalmente improdutivos.

“A maior parte dos cajueiros possui mais de trinta anos e foi plantada sem nenhuma seleção. Além disso, a cultura extrativista prevalece, não há manejo adequado. Eu nunca vi você retirar algo do solo e não nutrir o solo. Existe ainda um grande desperdício do pedúnculo. Todos esses fatores contribuem para a exaustão da atividade. Já perdemos a cultura do algodão e, se continuarmos assim, perderemos a cajucultura também”, afirma Paulo de Tarso.

Ademais de todas as dificuldades, a produção o preço da castanha têm caído e a comercialização do produto, em muitos casos, não tem sido suficiente para cobrir os gastos dos produtores. “Já vi produtores cortando os galhos do cajueiro para vender como lenha, pois afirmam que isso está dando mais lucro que a comercialização da castanha”, diz o presidente do Sincaju, acrescentando que, atualmente, a atividade emprega cerca de 150 mil pessoas em todos os elos da cadeia produtiva. “Se perdermos a cajucultura, que vamos perder, infelizmente, todas essas pessoas irão inchar ainda mais os centros urbanos”, prevê.

Alcântaras

O município com apenas 138,60 km², é um dos principais produtores de castanha de cajú da região norte. A safra de castanha, que gira em torno de 1.200, 1.500 toneladas, ou até muito mais dependendo de uma safra extraordinária como em muitos anos aconteceram, há tempos está com uma produção inconstante e não consegue manter o padrão de produção ano a ano, e o que se vê realmente a a produção sumindo e diminuindo a cada ano que passa.

Algumas medidas já foram implementadas para tentar reverter a situação da cajucultura no município, como exemplo o troca do cajueiro gigante pelo anão, e também o enxerto. Essa última como uma excelente opção e mesmo assim muitos produtores se negam a mudar a forma do cultivo do cajueiro por técnicas tradicionais e já ineficazes.

Reportagem completa no Jornal o Estado

Foto: (Arquivo: sítio Laginha-Alcântaras)

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