Juventude: fé e missão
O Beato João Paulo II dizia que a “esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo”.
Não deixa de ser empolgante que o Papa vislumbre, a partir de uma juventude renovada, a esperança de um mundo melhor. Isto significa que a Igreja reconhece a necessidade de investir muito mais na juventude, trazê-la para o centro das suas preocupações e envolvê-la no debate verdadeiro, honesto e sincero. E acreditar que, se a juventude significa a esperança de um mundo melhor, ela precisa recuperar, nela mesma, a esperança daqueles que no mundo se encontram mergulhados na desilusão, decorrente de um modo de existir e viver alicerçado e alimentado no materialismo da ideologia consumista. Isso, porque ela mesma, a juventude, é a maior vítima das corrosões sociais e do vazio que a vida moderna, com seus falsos encantos e múltiplas seduções, tem gerado na alma das pessoas.
Enfrentar essa realidade é, sem dúvida, uma urgência da missão evangelizadora da Igreja. O que não será possível sem apostar confiante, na juventude. Contudo, faz-se necessário ir aonde ela se encontra, e conhecer melhor o seu mundo. Apresentar-lhe a proposta redentora do Cristo e chamá-la para o compromisso do Evangelho, sem, contudo, esquecer de oferecer-lhe o suporte de que necessariamente precisa: a amizade sincera e, sobretudo, a confiança nas suas capacidades.
Chamada a ser presença viva e atualizada do Evangelho de Jesus no mundo, a Igreja se espelha no vigor da juventude. Por essa razão, ela se “vê a si mesma nos jovens” (João Paulo II). Com o seu dinamismo, aprende a importância da criatividade pastoral; na sua linguagem atualizada encontra formas e estruturas renovadas de apresentar a mensagem redentora de Jesus; na sua energia e vitalidade redescobre a presença viva do Cristo, a inspirar convicção, coragem e segurança no anúncio da esperança e da vida nova.
Concluindo, por tudo que a juventude significa no hoje da sua existência, e por todo o potencial que traz consigo a Igreja a vê como “protagonista” da ação evangelizadora. Não apenas o alvo do seu trabalho missionário, mas um agente evangelizador e transformador da realidade. Pe. Edmilson.
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós
Blog da Paróquia de Alcântaras
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