O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Abelardo Azevedo, garantiu nesta quarta-feira (27/10) que o Instituto dará prioridade ao licenciamento da exploração da mina de Itataia, em Santa Quitéria, no Sertão Central do Ceará. Em reunião realizada em Brasília com o governador Cid Gomes, com a superintendente da Superitendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace), Lúcia Teixeira, e com técnicos da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), ficou definida a criação de um grupo de trabalho para dar celeridade ao processo.
"Este empreendimento, além de importante para o Brasil, já que o fosfato é largamente usado na agricultura, e urânio é elemento importante para áreas como medicina e geração de energia, também será importante para o Ceará, uma vez que criará muitos empregos no Estado", afirmou o governador Cid Gomes. A mina de Itataia concentra grande reserva de urânio associado a fosfato. A sua exploração transformará o Brasil autosuficiente em extração de urânio e reduzirá sua dependência de importação de fosfato. O grupo de trabalho criado contará com técnicos do Ibama, da Semace e da INB.
A Usina de Itataia produzirá fosfato e urânio. O fosfato, com previsão de 240 mil toneladas anuais, será utilizado para fertilizantes, onde o Brasil importa cerca de 80% do total consumido. Já o urânio, com produção estimada em 1.600 toneladas anuais, será utilizado pela usina nuclear Angra 3. Itataia concentra a maior jazida de urânio do País. A Construtora Galvani, de São Paulo, vai a exploração do fosfato, retirando o urânio para que seja beneficiado pela Indústrias Nucleares Brasileiras (INB).
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
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