Depois de muita discussão a respeito do resultado do Spaece-Alfa base 2008, este blog volta a fazer uma análise mais complexa sobre o assunto:
No ultimo dia 22 de Junho de 2009, com base nos dados obtidos no Spaece-Alfa 2008, o governo do Estado divulgou o mapa da Educação no Estado do Ceará. O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica avaliou 124 mil alunos do 2° ano do ensino fundamental de 6 mil escolas públicas de todo o Ceará com prova escrita, focalizando principalmente a habilidade de leitura ao final do período letivo.
Depois desta divulgação , houve muita critica há alguns gestores, e aos que obtiveram bons resultados houve muita comemoração por parte dos gestores, secretários municipais e pessoas envolvidas no processo de Alfabetização.
Um desses municípios foi Reriutaba que saltou do 14° lugar no ranking em 2007 para terceira posição em 2008. Ainda municípios da Zona Norte como cruz , Sobral, Groaíras, Uruoca e Tinguá, fazem parte do grupo de 23 municípios do Estado do Ceará que atingiram o índice desejável, ou acima de 150 pontos; em 2007 neste grupo havia somente 14 municípios. Para se ter uma ideia do destaque de Mucambo 1° colocado, atingiu 229,2 de proficiência com o índice de Alfabetização 9,8 enquanto Cruz 2° conseguiu 197 com ide –Alfa de 9,7.
No entanto, a colocação de um ou outro município, não tem muita importância. O que o Sistema quer mesmo e a evolução da Educação dos municípios em relação aos níveis em que estão. Um exemplo, Camocim 92° e Granja 93°, a diferença é que Camocim se inclui no nível suficiente que possui 69 municípios que ficaram entre 125 e 150 pontos, e Granja vem logo em seguida, puxando o grupo do nível intermediário com 82 municípios, que termina com Monsenhor Tabosa 174°.
Ainda no suficiente, Municípios como Meruoca 27°, Alcântaras 29°, Massapê 34°, Moraújo 37°, Martinopole 39°, Hidrolândia 41°, Pacujá 42°,Guaraciaba do Norte 43°,Miraíma 44°, Cariré 49°, são alguns dos municípios da região Norte que faz parte desse grupo. Alcântaras subiu de nível, passando do intermediário para suficiente e caminhando ao lado de Meruoca. Situação complicada é Coreaú 182°, que vê seus municípios filhos Moraújo 37° de quebra ainda com uma escola premiada nota 10 e Frecheirinha 65°. Coreaú ficou com a antepenúltima colocação no estado.
A maior critica que se tem feito, é em relação ao desempenho da capital Fortaleza; abaixo um trecho da reportagem do Diário do Nordeste do dia 27/06/2009.
Para os parlamentares do PSDB, baixos resultados é motivo para amplo debate da Educação na Capital.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) criticou ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa, a queda da qualidade do ensino de Fortaleza, segundo resultado do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece-Alfa) apresentado no último dia 22. Em 2008, a Capital cearense ficou na 89ª posição. Este ano caiu para a 104ª.
O parlamentar esclareceu que o Spaece-Alfa identifica o nível de proficiência dos alunos. Este ano o referido sistema avaliou 124 mil alunos do 2º ano do ensino fundamental de seis mil escolas públicas do Estado do Ceará.Além de ter caído no Spaece, segundo Fernando Hugo, o Índice de Desempenho Escolar (Ide-Alfa) apresentado por Fortaleza apenas conseguiu nota 4,5, quando o mínimo é 5. “Isso não é herança maldita, como podem dizer alguns deputados da base petista. Isso é irresponsabilidade administrativa”. (Diário do Nordeste)
Veja a relação dos piores e melhores resultados com seus respectivos níveis de proficiência e índice Alfa:
Ibaretama: 70,8 e 2,6 Potiretama: 93,8 e 4,2 Coreaú: 93,9 e 4,3 Poranga: 94,6 e 4,6 Ararendá: 96,9 e 4,5 Catunda:96,9 e 4,5 Ererê: 97 e 4,5 Araripe: 97,8 Senador Sá: 98 e 3,9 Jaguaribe: 99,9 e 4,5.
Mucambo: 229,2 e 9,8 Cruz:197 e 9,7 Reriutaba:184 e 9,2 Tarrafas: 181,8 e 7,9 Graça: 178,9 e 8,8 Mauriti: 178,9 e 8,4 Itaiçaba: 176,4 e 8,5 Jijoca de Jericoacoara: 175,8 e 8,8 Independência: 174,7 e 7,6 São Gonçalo do Amarante: 171,7 e 7,8.
Vale lembrar, que o ideal é que todos os municípios atingem o melhor nível e fique nivelado entre si, e assim elevar e manter um bom nível educacional do Estado. Aqueles que não evoluírem, além de ficarem para traz ,também perderão recursos financeiros influenciado pelo ICMS.
Fontes: Jornal o Povo 23/07/2009 e Diário do Nordeste.