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Investigação da Polícia Federal serviu-se de fiscalização feita em Granja pela Controladoria-Geral da União.
Alegando segredo de Justiça, a Polícia Federal mantém sob sigilo a identidade dos presos na operação realizada, na manhã de quinta, em nove municípios do Ceará para investigar fraudes em licitações e desvios de recursos públicos em prefeituras.
A PF também não divulga em quais municípios a operação foi feita, informando apenas que são nove cidades da Zona Norte. O POVO apurou que entre os alvos estão indivíduos de Sobral, Tianguá, Coreaú e Granja.
Um dos presos na superintendência da Polícia Federal no Ceará, em Fortaleza, disse ser dono de uma empresa que fez negócios com a prefeitura de Granja, a 352,3 km da Capital. Segundo ele, que não quis se identificar, o problema se refere a uma licitação de 2005. O homem disse não saber do que está sendo acusado. Ele está sendo defendido pelo advogado Paulo Quezado.
Granja
A investigação da PF serviu-se de informações coletadas também pela Receita Federal e pela Controladoria-Geral da União. No caso da CGU, fiscalização feita pelo órgão em Granja, a 352,3 km de Fortaleza, contribuiu para o inquérito policial.
Em março de 2010, Granja foi um dos 60 municípios brasileiros sorteados pela CGU para ter fiscalizado o uso de recursos federais. O relatório apurou indícios de irregularidades na aplicação, pela prefeitura, de verbas oriundas dos ministérios da Educação, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Desenvolvimento Agrário e das Cidades.
Entre as supostas irregularidades verificadas em Granja, a CGU aponta o pagamento de tarifas bancárias, no valor total de R$ 37.783,00, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
A operação da PF cumpriu cinco mandados de prisão temporária e outros 16 de busca e apreensão. O juiz Adonias de Carvalho Neto (substituto da 19ª Vara Federal, em Sobral), que expediu os mandados, não quis dar informações além das que a PF divulgou em nota oficial, para não prejudicar o andamento das investigação.
Fonte: Jornal O POVO Online