Protagonismo feminino ainda carece de voz no município |
Na data em que comemora do Dia Internacional da Mulher, a visão de muitas ativistas sobre o protagonismo feminino destaca a conquistas de novos espaços, mas reflete que ainda há muito que ser discutido pela sociedade e principalmente entre e com as mulheres.
Em Alcântaras onde a força feminina ocupa lugar em vários segmentos como comércio, saúde, educação, comunicação e religião elas também tem participado da vida política, mas ainda são minoria.
Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres hoje elas já conseguem enfrentar seus traumas com maior vigor, mas ainda há muito que lutar principalmente contra o preconceito "Já observamos um avanço, hoje por exemplo, já falamos mais abertamente sobre violência, agressão psicológica, sexual, patrimonial e tantos outros temas, mas o preconceito [de gênero] ainda é detectado em todas as esferas e por isso necessita da nossa incansável luta para que alcancemos nossos propósitos, seja no âmbito pessoal, profissional, familiar .. " pontua Elizeuda Alcântara.
Já Wyrna Freire defende que é preciso reconhecer o real motivo da data onde um grupo de operárias foram mortas queimadas na fábrica onde trabalhavam. " Na sociedade inteira é preciso fazer jus as mulheres que fizeram frente as nossas conquistas e não dar ênfase a homenagens vazias" destaca a ativista ao frisar que é notável que as mulheres estão sensibilizadas em falar de seus direitos, mas o conceito de igualdade ainda é uma realidade distante "O que existe é um acumulado de funções. É necessário se discutir muito sobre igualdade e respeito em muitos espaços. Eu gostaria de ver era as mulheres discutindo direitos das mulheres, unir forças a nível profissional e intelectual" enfatiza a feminista alcantarense ao concluir que o avanço a nível municipal se dará quando as mulheres forem mais ouvidas e que o conselho é um legítimo espaço para que isso seja possível.
A mesma opinião é compartilhada pela jovem Elenice Lopes "Esse dia deveria ser um dia de mobilização e esclarecimentos sobre direitos que a mulher tem, falar sobre igualdade de gênero, abrir espaço para discussão sobre a violência física, moral e sexual que as mulheres ainda passam" esclarece a microempresária ao relatar que ainda há visível preconceito dentro de casa, no mercado de trabalho, no trânsito o que contradiz o discurso de igualdade entre homens e mulheres.
Apesar de celebrado no início do século XX nos Estados Unidos e em países da Europa, o chamando Dia Internacional da Mulher foi instituído pela ONU no ano de 1975 e na atualidade a data que referencia a luta feminina por igualdade tem um ponto originário comum que segue a reivindicar por vez e voz.
Post. Francisco Freire (Portal Jovem)
Nenhum comentário:
Postar um comentário