A eleição deste domingo não definirá apenas os novos prefeitos. Os brasileiros também escolherão mais de 57 mil futuros vereadores, que terão direito a ocupar gabinetes, nomear assessores e ser chamados de “excelência” pelos próximos quatro anos.
Os vencedores serão selecionados entre 463 mil candidatos —um universo tão grande que supera a população de seis capitais. Apesar dos números superlativos, a disputa é quase invisível. Não há debates na TV, e a cobertura jornalística acaba dominada pela corrida às prefeituras.
Neste ano, a escolha do eleitor ficará ainda mais difícil. A campanha encurtou, o dinheiro desapareceu e os aspirantes à vereança perderam espaço na propaganda obrigatória. As mudanças na lei tendem a beneficiar quem já é conhecido ou tem o apoio de máquinas, como igrejas e sindicatos.
O clima de desilusão com a política também aumentou o desinteresse pela eleição dos vereadores, que não chega a ser uma novidade. Isso alimenta um círculo vicioso em que as cadeiras ficam com gente que está na disputa para fazer negócios.
Com blog Sobral de Prima
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