A Embrapa desenvolveu uma alternativa à fossa séptica, que resolve também uma das principais dificuldades relatadas na pesquisa: o preço.
Segundo o engenheiro ambiental, Carlos Eduardo Pacheco, que participou do projeto, o custo fica em torno de R$ 60 e R$ 80 mil.
“Ela (a fossa) é de fácil instalação, então é possível fazer a instalação por meio de mutirões na comunidade, o que reduziria bastante o custo”, explica.
O projeto piloto está em funcionamento na Embrapa Hortaliças, na cidade de Samambaia, no Distrito Federal. Para funcionar, o sistema tem que ser instalado na parte mais baixa do terreno, para que a gravidade transporte os dejetos das casas até a estação. O restante do processo é feito em 4 etapas:
- esgoto bruto dos banheiros e cozinha passa por 3 tanques de limpeza que retêm a gordura e materiais sólidos maiores, como papel higiênico;
- tratamento biológico, onde micro-organismos presentes no próprio esgoto efetuam a decomposição da matéria orgânica, como fezes e urina;
- filtração, ocorre por meio de barreiras de água, areia e brita, para aumentar a eficiência da retirada de materiais sólidos e micro-organismos, como vermes;
- uso de cloro de piscina ou de poço artesiano para obter o resultado final da água tratada.
Além de diminuir os malefícios à saúde e ao meio ambiente, os pesquisadores demonstram que a água tratada também pode ser útil na produção de alimentos.
O sistema foi testado em uma plantação de alfaces, onde a água foi usada em irrigação por gotejamento, assim ela não entra em contato direto com as folhas. Foram geradas hortaliças verdes, grandes e com folhas bem formadas, relataram os pesquisadores.
Via Sobral de Prima
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