Foto: Divulgação/Arquivo Diário |
Banco diz se tratar da maior fraude já sofrida em toda sua história. A fraude consistiu na abertura de conta em nome de pessoa fictícia, em Tocantins, para receber prêmio falso da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões.
A Polícia Federal desencadeou neste sábado (18) uma operação em três Estados para desarticular uma quadrilha que fraudou a Caixa Econômica Federal em mais de R$ 70 milhões no fim do ano passado. De acordo com a PF, o banco disse que se trata da maior fraude já sofrida em toda sua história.
Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, dez mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva (quando o suspeito é obrigado a depor na delegacia) nos Estados de Goiás, Maranhão e São Paulo.
Entre os investigados que tiveram a prisão preventiva decretada está um suplente de deputado federal do PMDB do Maranhão, que não teve o nome revelado. Segundo a PF, ele adquiriu um avião de pequeno porte há menos de um mês. Até as 12h, ninguém havia sido preso.
A fraude, segundo a PF, consistiu na abertura de uma conta corrente na agência da Caixa em Tocantinópolis (TO), em nome de uma pessoa fictícia, para receber um prêmio falso da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões. O dinheiro foi transferido em seguida para diversas outras contas.
O gerente-geral da agência de Tocantinópolis é suspeito de envolvimento no crime e teve a prisão preventiva decretada. Os investigados pela operação devem responder pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público por funcionário do Estado), receptação majorada (de bem público), formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 29 anos de reclusão.
A Caixa já bloqueou as contas e recuperou cerca de 70% do dinheiro desviado. O agente da PF Jorge Apolônio Martins disse que esta foi a quarta vez que o golpe foi aplicado no Brasil. Em geral, o gerente da Caixa é cooptado pela quadrilha e confirma o recebimento do prêmio, transferindo o valor para uma conta dos fraudadores.
A quadrilha está espalhada pelo Brasil, o que dificulta a investigação, informou a PF, que batizou a operação de Éskhara, nome que vem do grego e significa "escara", uma ferida que nunca se cura.
Policiais federais do Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo participaram da operação; ao todo, há mais de 65 agentes envolvidos.
Diário do Nordeste
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