A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama, além de auxiliar no diagnóstico de cistos (alterações inofensivas do tecido mamário), os nódulos (formações sólidas que costumam ser benignas) e das calcificações (depósitos de cálcio que, em geral, não indicam perigo). O Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, alerta que a mamografia permite que o câncer seja detectado precocemente, aumentando as chances de cura.
É necessário disseminar informações e orientações para que sejam desfeitos mitos que afastam as mulheres da mamografia. Por exemplo, o medo de encarar um possível diagnóstico, a falsa ideia de que o exame é doloroso e até vergonha do médico, fazem com que muitas delas optem por fazer apenas a ultrassonografia. O exame de ultrassonografia mamária é recomendado principalmente para identificar a natureza da lesão e como ajudar no diagnóstico precoce do câncer de mama. “O exame pode até ser recomendado e ser realizado juntamente com a mamografia, mas nunca de forma isolada no cenário de rastreamento do câncer mamário”, afirma Tânia Veras, diretora do IPC. A ultrassonografia não substitui a mamografia, que não provoca dores.
A faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde para rastreamento do câncer de mama, ou seja, exames de mulheres assintomáticas é de 50 a 69 anos e é importante que o exame seja feito anualmente. O câncer de mama apresenta alguns fatores de risco: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e o histórico familiar. Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos) também podem correr mais riscos. No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar os fatores de riscos citados.
O IPC foi o primeiro serviço de prevenção do câncer no Ceará. O acesso das pacientes aos serviços ocorre através das centrais de marcação de consultas do Estado e do município de Fortaleza. A instituição disponibiliza diariamente 40 mamografias as usuárias. Mesmo assim, ainda realiza atendimento primário em prevenção do câncer ginecológico por demandas espontâneas, gerando referência secundária interna, o que possibilita a capacitação de profissionais para pesquisas feitas no IPC. A instituição também realiza diagnóstico precoce de câncer do colo do útero e pele. Somente o ano passado mais de 3 mil exames foram realizados.
Na rede pública do governo do Estado, além do IPC, que fica na capital, Rua Chateaubriand, 58, na Aldeota, são realizadas mamografias no Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Geral César Cals e no Hospital Waldemar Alcântara. Na rede pública do governo do Estado no interior, as mamografias são realizadas na rede de 19 policlínicas que funcionam em diferentes regiões e ainda nos novos hospitais regionais em Juazeiro do Norte - o Hospital Regional do Cariri, e em Sobral, o Hospital Regional Norte.
Assessoria de Imprensa - IPC / Lacen / CIDH
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