El Niño mais intenso dos últimos 17 anos sinaliza que pode haver escassez de precipitações chuvosas. Os números que se enquadram na categoria abaixo da média histórica correspondem até 203,6mm
A previsão de chuvas para os próximos três meses no Ceará está abaixo da média. É o que diz a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que divulgou, nesta sexta-feira, 20, o prognóstico para o próximo semestre. Pode haver escassez de precipitações devido ao El Niño mais intenso desde 1997/1998.
Para os meses de dezembro de 2015, janeiro e fevereiro de 2016, a previsão aponta 69% de probabilidade de chuvas abaixo da média no Ceará. As chances de haver precipitações em torno da média são de 23% e para chuvas acima da média, a probabilidade é de apenas 8%.
De acordo com especialistas, o Oceano Pacífico Equatorial apresenta uma anomalia elevada de aquecimento, o que poderia trazer consequências negativas para o Nordeste do Brasil, como a escassez de precipitações.
O meteorologista Leandro Valente explica que o trimestre em questão engloba os meses de pré-estação chuvosa - dezembro e janeiro. "Os sistemas que normalmente atuam nessa época são de menor previsibilidade, como Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, Cavados e a influência de Sistemas Frontais", esclarece.
Além do modelo atmosférico da Funceme, instituições nacionais e internacionais também apontam probabilidade de precipitações abaixo da média para o Ceará no período.
Para entender
A categoria abaixo da média histórica para o trimestre no Estado corresponde a chuvas de 0 a 203,6 mm. Precipitações de 203,7 a 312,7 mm são consideradas em torno da média e, se chover 312,8 mm ou mais, a categoria é acima da média.
A Funceme divulga o principal prognóstico de chuvas em janeiro, pouco antes do início da quadra chuvosa no Ceará. No período, as condições termodinâmicas do Pacífico e do Atlântico são analisadas.
Fonte: Redação O POVO Online
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