Em 2015, o Condema já havia alertado para o problema ambiental (Foto: Freire Filho) |
O cultivo de plantas exóticas em Alcântaras já tem trazido problemas e causado prejuízos de ordem física e ambiental para o município.
Na última semana, a Secretaria de Obras removeu das dependências da Escola Maria Raulino de Alcântara Carvalho, duas árvores das espécies Ficus Bejamina, conhecida popularmente por Figueira - Benjamim. Os arbustos muito cultivados em frente as residências, avenidas e praças públicas no Ceará tem preferência dos moradores por ter característica de meia sombra, ter ciclo de vida perene e poder atingir altura de até 12 m. Apesar de sua boa adaptação ao Nordeste, o Ficus é de origem asiática, ou seja, trata-se de uma espécie invasora e que pode trazer consequência desastrosas para flora e fauna regional.
A problemática já alertada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente em 2015, resultou na elaboração do Projeto de Levantamento da Área Verde de Alcântaras, que teve financiamento negado pela Prefeitura Municipal. Sem controle botânico das espécies introduzidas na cidade, o que já se nota são prejuízos de ordem material como as visivelmente causadas pelas plantas na creche onde calçadas e pisos apresentam trincaduras devido o avanço e calibre das raízes e na Escola Francisco de Almeida Monte onde as raízes invadiram a tubulação dos sanitários causando mal cheio e desconforto para os estudantes.
Sem outra alternativa e sem o apoio do poder municipal no que tende ao desenvolvimento de projetos e pesquisa na área ambiental, a solução para o problema tem sido remover as plantas como citado anteriormente, realidade que pode repetir-se no futuro, considerando que a introdução de outras plantas invasoras como o NIm indiano continua a ser feita nos quatro cantos do município, como a exemplo na própria escola, onde apenas um pé de Pau Brasil compete com pelo menos dez mudas de Nim indiano.
Post. Francisco Freire (Portal Jovem)
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