terça-feira, 13 de maio de 2014

NO BRASIL, ABUSO DE ÁLCOOL SUPERA MÉDIA GLOBAL

Pelo menos, 7,5% dos pesquisados em 194 países admitem uso excessivo. No Brasil, a taxa chega a 12,5%
Genebra. O abuso no consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a dezenas de países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em um informe publicado ontem, alerta que um total de 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 foram causados pelo uso excessivo do álcool, 5,9% de todas as mortes.

Mas o que mais preocupa a OMS são os casos de abusos no consumo. No mundo, a média é de 7,5% da população que experimentou em algum ponto do ano um caso de um consumo excessivo de álcool. No Brasil, porém, a taxa é de 12,5%. Num ranking de números de anos perdidos de vida saudável, Brasil está entre os líderes. Em todo o mundo, a Europa é o continente onde os índices de consumo são os mais elevados per capita, com diversos países apresentando taxas acima de 10 litros por ano.

Segundo a entidade, não apenas a bebida pode gerar dependência, mas também poderia levar ao desenvolvimento de outras 200 doenças.

A proporção de mortes associadas ao álcool é superior à mortalidade ligada ao HIV (2,8%), à violência (0,9%) e à tuberculose (1,7%), concluiu a organização no Relatório Global sobre o Álcool e a Saúde 2014.

Além disso, um terço dos homens pesquisados admite já ter dirigido alguma vez sob efeito do álcool.

Consumo médio

Entre 194 países avaliados, a OMS concluiu que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros de álcool puro por ano, o que equivale a 13,5 gramas de álcool puro por dia. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse volume caiu entre 2003 e 2010. Há dez anos, a taxa era de 9,8 litros por pessoa.

Mas as projeções até 2025 mostram que o consumo voltará a aumentar, ultrapassando a marca de 10,1 litros por ano por pessoa. Em 1985, o consumo não chegava a quatro litros por pessoa por ano. No caso brasileiro, a diferença entre o consumo masculino e feminino é profundo. Entre os homens, a taxa chega a mais de 13 litros por ano. Para as mulheres, é de apenas 4 litros. Segundo a pesquisa, 60% do consumo é de cerveja e só 4% do é representado pelo vinho.

Leia a matéria completa no Jornal Diário do Nordeste.

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