terça-feira, 11 de junho de 2013

DICA SAÚDE: "Sobras de Cascas e talos a gosto"

Extrair o que geralmente é desprezado para ingestão e transformá-lo em iguarias. Essa é a proposta em aproveitar os alimentos de forma integral, trazendo benefícios à saúde por meio de uma a alimentação nutritiva.

Desprezar as cascas dos alimentos é um erro segundo a nutricionista Iramaia Bruno, professora do curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor). Isso porque alguns alimentos devem ser consumidos com as cascas, a exemplo de frutas cuja textura é suave (maçã, uva, carambola, morango).

"Os nutrientes estão distribuídos em todo o fruto, mas as camadas periféricas, aquelas bem próximas à casca, concentram maior quantidade de vitaminas e sais minerais. Na extração da casca, uma fração destes nutrientes é perdida", esclarece.

A nutricionista acrescenta que, além dos nutrientes comumente conhecidos, as cascas trazem boa quantidade de fibras alimentares, nas camadas celulósicas, imprescindíveis em uma alimentação saudável.

No entanto, há alimentos que, por apresentarem texturas espessas e aparência pouco atrativa, não são incluídos na dieta. Como é o caso do abacaxi, da manga, da melancia, do melão, das folhas da cenoura e da macaxeira, por exemplo.

Neles, a quantidade de vitaminas e sais minerais estão presentes da mesma forma, como também as fibras. Daí, a importância do aproveitamento integral dos alimentos.

Cultura do não desperdício

"A inclusão de estruturas antes desprezadas ocorre por meio do auxílio de técnicas de abrandamento, cortes e trituração das fibras estruturais, permitindo sua utilização em preparações alternativas, com sabor e boa aceitabilidade", explica Iramaia Bruno.

É o caso da iniciativa Favela Orgânica, que incentiva e ensina pessoas a aproveitar sobras dos alimentos. Idealizado pela paraibana e empreendedora individual, Regina Tchelly, o projeto tem sede em sua casa, no Morro da Babilônia (Rio de Janeiro) e realiza oficinas sobre o tema, além de serviços de buffet em eventos.

Mas antes de manipular o alimento, Regina destaca que o primeiro passo é a higienizá-lo: lavá-lo em água tratada corrente e submergi-lo com hipoclorito de sódio. Conforme a nutricionista Iramaia Bruno, essa é uma boa forma de higienização, mesmo sabendo que a contaminação por microrganismos e parasitas pode ocorrer em toda cadeia produtiva do alimento.

No último sábado, dia 8, o município cearense de Beberibe foi palco para Regina passar um pouco da sua experiência no assunto durante oficina que compôs o II Encontro da Nação Pachamama.

Vicky nóbrega
Especial para o Vida (Diário do Nordeste)

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