domingo, 8 de dezembro de 2013

ESCOLHA DE CANDIDATO ABRE CRISE COM PSOL DO CEARÁ

Renato Roseno retirou a candidatura em protesto
(Matéria do O POVO): Líderes do partido no Estado estão na linha de frente das divergências em relação à escolha do senador Randolfe Rodrigues como candidato a presidente em 2014. Para além do Ceará, divergência envolveria grande parte da legenda.

A escolha do senador Randolfe Rodrigues (AP) como candidato do Psol a presidente em 2014 deverá ser questionada pelo ex-presidente do partido no Ceará, Renato Roseno, que disputava a indicação e retirou o nome em protesto depois que delegados da legenda rejeitaram a realização de prévias. “Não nos damos por vencidos e não vamos ficar calados diante de um processo que foi pouco democrático”, disse Roseno ao O POVO.

A corrente interna Insurgência, à qual pertencem Roseno e o vereador João Alfredo, denuncia fraude em plenárias que resultaram na indicação de Randolfe e acusa a direção nacional de ter imposto o nome do senador. Randolfe foi escolhido pré-candidato no IV congresso nacional do Psol, no último domingo, com o apoio do presidente do partido, o deputado federal Ivan Valente (SP). Ele venceu a ex-deputada federal Luciana Genro (RS).

Segundo Roseno, “metade do partido” está insatisfeita com o resultado do congresso e vai seguir contestando-o até junho de 2014, quando se realizam as convenções que oficializam os candidatos para as eleições de outubro. “O processo foi equivocado. Não reconhecemos o resultado desse erro de método. Queremos uma conferência eleitoral e maior discussão com a base”.

Procurado pelo O POVO na última quarta, o vereador João Afredo não quis comentar a vitória de Randolfe. “Estamos em processo de assimilação. Foi muito difícil esse congresso. Prefiro me pronunciar sobre isso só depois”.

Restrição a alianças

Randolfe Rodrigues é repudiado pela corrente de Roseno e Alfredo especialmente por causa da aliança que fez com o PTB e o DEM para eleger Clécio Luís (Psol) à Prefeitura de Macapá em 2012.

“Nós nos recusamos a dialogar, a fazer aliança, fazer política com a direita mais conservadora e perversa. De nada nos adianta, de nada nos adiantará irmos às ruas para, na quadra eleitoral, fazermos aliança com PTB e DEM. Não é isso que a história nos pede!”, discursou Renato Roseno durante o congresso do partido.

Mas nem todos no Psol cearense pensam assim. A vereadora Toinha Rocha, embora tenha votado em Luciana Genro depois da saída de Roseno do páreo, afirma que a decisão do congresso precisa ser respeitada e Raldofe, abraçado por todos os correligionários.

“Não tem mais o que discutir. O Psol é maior do que tudo isso. Agora é fazer a campanha, botar o bloco na rua. Entre nós existem divergências, não inimigos. Não dá pra ficar se achando acima do bem e do mal.”

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Nascido de divergências com o pragmatismo petista após chegar ao Governo Federal, o Psol também enfrenta divergências internas, por exemplo, quanto à política de alianças para as disputas eleitorais.

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